Nesta segunda-feira (02), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), vetou o ‘Dia da Cegonha Reborn’ no Calendário Oficial da Cidade. A data seria celebrada em 4 de setembro e faria uma homenagem às artesãs que criam os bonecos hiper-realistas, a partir de um projeto de lei do vereador Victor Hugo (MDB), que foi aprovado em maio na Câmara dos Vereadores.
“Com todo respeito, mas não dá“, escreveu o prefeito nas redes sociais, apesar de não relatar motivo técnico do veto. Mas a publicação na rede social gerou comentários como “surreal”, “Eu jurava q era meme” e “Quem foi o vereador reborn?”. O veto será analisado por vereadores que podem ou não derrubá-lo no plenário.

O projeto de lei foi aprovado no dia 7 de maio na Câmara dos Vereadores do Rio, e segundo o vereador que o propôs, a iniciativa visou homenagear mulheres artesãs que dão vida aos bebês e não às mães comemorando a chegada do recém-nascido.
Além de enfatizar que o nascimento do bebê é um momento singular na vida de qualquer mãe e que com mães reborn não seria diferente, Victor Hugo também postou em sua rede: “São artesãs que criam bonecas realistas usadas em terapias. Muitas delas aram por momentos difíceis — depressão, luto, dores profundas — e encontraram nesse trabalho uma forma de cura e amor.”.
O assunto ‘bebês reborn’ vem ganhando as redes numa ampla discussão nos últimos meses, pois existe uma rede de apoio entre pais enlutados, com bebês reborn como objetos terapêuticos e os riscos de tratá-los como reais.
No Rio de Janeiro, a mobilização pela data começou em 2022, promovido por mulheres ligadas a um grupo ligado à instituição Cegonha Reborn.
Bebês reborn podem custar a partir de R$400,00 e geralmente, esse tipo de boneco é feito de forma artesanal e com riqueza de detalhes. Essa riqueza, pode vir a levar algumas pessoas a desenvolver vínculos afetivos com estes bonecos.
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