Expansão da agropecuária em áreas privadas é o principal vetor de desmatamento da Mata Atlântica, diz pesquisa

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De acordo com dados e informações divulgadas pela Fundação SOS Mata Atlântica na última segunda-feira (12), a expansão da agropecuária em áreas privadas ainda é o principal vetor de desmatamento da Mata Atlântica. Em 2024, mais de 70% das áreas desmatadas estavam em terras privadas ou em áreas sem registro fundiário formal, de acordo com o levantamento.

Os dados foram colhidos a partir Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e com o Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD), do MapBiomas. Além disso, também foi desatacado uma queda de 14% no desmatamento do bioma.

Foto – Tânia Rêgo/Agência Brasil

O tamanho das áreas desmatadas foram maiores, o que sugere uma concentração de grandes empreendimentos. Além das ações de comando e controle, é necessário garantir a aplicação da Lei da Mata Atlântica ao autorizar atividades econômicas no bioma e nos encraves florestais da Mata Atlântica, especialmente do Nordeste”, explica Marcos Rosa, diretor da Arlan e coordenador técnico do MapBiomas.

Dessa forma, a fundação destaca a importância de monitorar essas mudanças rapidamente para formular ações “mais eficazes de combate ao desmatamento e proteção da vegetação nativa e a necessidade de transparência nos dados estaduais de autorização de desmatamento“.

Ainda segundo a pesquisa, Piauí e Bahia estão no topo do ranking estadual de desmatamento. Enquanto na Bahia o dematamento tenha afetado 4.717 hectares no último ano, no Piauí, a área total desmatada chegou a 26.030 hectares.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação ível e antirracista.

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