De acordo com dados e informações divulgadas pela Fundação SOS Mata Atlântica na última segunda-feira (12), a expansão da agropecuária em áreas privadas ainda é o principal vetor de desmatamento da Mata Atlântica. Em 2024, mais de 70% das áreas desmatadas estavam em terras privadas ou em áreas sem registro fundiário formal, de acordo com o levantamento.
Os dados foram colhidos a partir Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e com o Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD), do MapBiomas. Além disso, também foi desatacado uma queda de 14% no desmatamento do bioma.

“O tamanho das áreas desmatadas foram maiores, o que sugere uma concentração de grandes empreendimentos. Além das ações de comando e controle, é necessário garantir a aplicação da Lei da Mata Atlântica ao autorizar atividades econômicas no bioma e nos encraves florestais da Mata Atlântica, especialmente do Nordeste”, explica Marcos Rosa, diretor da Arlan e coordenador técnico do MapBiomas.
Dessa forma, a fundação destaca a importância de monitorar essas mudanças rapidamente para formular ações “mais eficazes de combate ao desmatamento e proteção da vegetação nativa e a necessidade de transparência nos dados estaduais de autorização de desmatamento“.
Ainda segundo a pesquisa, Piauí e Bahia estão no topo do ranking estadual de desmatamento. Enquanto na Bahia o dematamento tenha afetado 4.717 hectares no último ano, no Piauí, a área total desmatada chegou a 26.030 hectares.
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