Nesta segunda feira (29) em Turim, na Itália, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu mais ações climáticas de países do G7, além de financiamento para a transformação energética de nações em desenvolvimento. Ela participou da reunião ministerial de Clima, Energia e Meio Ambiente do grupo.
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“A responsabilidade das grandes economias vai muito além da redução das emissões em seus territórios. Devem ter papel determinante para a descarbonização, mobilizando recursos públicos e privados, nacionais e internacionais, que fortaleçam a capacidade dos países em desenvolvimento”, declarou a ministra.

O G7 é composto por Itália, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido, que são as consideradas as nações mais industrializadas. O Brasil, que foi convidado a participar da reunião, vai sediar o G20 este ano, no Rio de Janeiro, e organizará a COP30, em 2025, na cidade de Belém (PA).
“Nas economias avançadas já existem mecanismos de mercado para dar impulso à transição energética. Na maioria dos países em desenvolvimento esses mecanismos ou ainda não foram estruturados ou são muito precários“, declara Marina, em seu pronunciamento no evento. Entre as frentes que o G7 pode apoiar, a ministra citou “viabilizar a nova meta global de financiamento climático coletivo na COP29, em Baku, restabelecendo a confiança no regime multilateral de clima“.
A ministra também falou em fortalecer “os bancos multilaterais com efetivo desembolso de recursos para as áreas de mitigação e adaptação, avançando no processo de reforma da governança global“, além da elaboração de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) para o fim do uso de combustíveis fósseis.
Para Marina, a ação coordenada é “fundamental para superar a crise provocada pela mudança do clima”: “Esta mobilização global para o combate à mudança do clima, assim como para o combate à pobreza, é uma prioridade para o presidente Lula (PT) e para a presidência do Brasil no G20”.
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